terça-feira, 1 de março de 2011

O Caos da Educação no Amapá.

A Secretária de Educação Miriam Corrêa terá bastante trabalho durante o ano de 2011. Um deles é permanente e nunca solucionado e que afeta a quase todos os Municípios do estado. Estou falando da falta de escolas de Ensino Infantil nos Municípios. De acordo com a lei, o ensino infantil foi repassado para os municípios, que continuaram crescendo e não acompanharam as demandas por vagas. Escolinhas conveniadas, que contam até com pessoas que se quer têm um curso superior em licenciatura ou no mínimo, um curso de magistério, suprem a demanda por vagas. Outra solução, encontrada pelos pais das crianças, que já iniciam seus estudos precisando de vagas, é a adesão as escolas particulares, que não são nada baratas e contam com poucas vagas. É notório que o estado e as prefeituras precisam construir mais escolas de ensino infantil e consequentemente de ensino médio. Caixas escolares com prestações de contas duvidosas também assolam o problema nas escolas. Projetos sociais inundam as escolas para ocuparem os jovens no contra turno, só que esbarram na falta de espaço físico para tais atividades. Só para se ter uma idéia, existem dentro de algumas escolas o Ensino Médio Inovador, que se utiliza de projetos pedagógicos na complementação das atividades escolares, o Programa Segundo Tempo, que trabalha o esporte com os alunos, Programa Mais Educação que prevê atividades paralelas como música dança e artes, Amapá Jovem, atualmente parado, mais que deixavam os jovens ociosos, além do Ensino Especial, Ensino Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA, é pouco estrutura para muita atividade. Recursos para as escolas são bem vindos, mas quando bem utilizados, pegar o recurso e levar o programa com a barriga é irresponsabilidade. Precisamos urgentemente de estrutura física e de espaços para os programas sociais para que seja desempenhado de maneira correta o que vem se transformando em mais uma verba para ser gasta de forma irresponsável e eleitoreira. O estado conta, dentro de seu quadro de funcionários, vários professores que atuam nos cursinhos de Macapá e Santana. Por que o Estado não os coloca a serviço dos estudantes que não podem pagar por um cursinho? Por que não se monta um cursinho do Estado?  Por que estes sábados letivos não são utilizados em prol da sociedade, em forma de pré-concursos, pré-vestibulares e ações sociais? Chega de tantos sábados obrigatórios em que o professor tem que se virar para que o aluno vá para a escola. Todos sabemos que estes sábados são improdutivos, mas mesmo assim o Sol é tapado com a peneira. Temos a esperança e a convicção que algum dia, uma mente aberta se desprenderá das amarras da mesmice e verá mais a frente e provocará entre docentes e discentes o anseio pela qualidade do ensino e não pela quantidade das aprovações para o aumento de verbas. Posso estar sendo utópico, mas sonhar é poder ter a esperança de que um dia as coisas possam mudar.

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