terça-feira, 14 de junho de 2011

A greve da educação e os dois lados da moeda

Infelizmente, um dos direitos mais democráticos do povo está permeado de interesses políticos, rancores e indiferença. Estamos falando da atual greve da educação, que enche a cabeça do povo com vários boatos, mentiras e algumas verdades. O lado de interesse coletivo se disvirtuou nestes últimos dias de greve, com impasses que prejudicam ambos. Certamente, de acordo com as verbas que o governo têm disponível não será possível atender algumas das reinvidicações este ano, estou falando da implementação do piso salarial e do corte no padrão das classes. Outro impasse é a Lei 1540, que segundo o comando de greve estará usurpando os direitos dos trabalhadores, além disto, ainda temos impasses a respeito do pagamento das progressões que o governo pretende pagar até de 30 vezes e o sindicato quer que seja parcelado em 16 vezes. De acordo com o Secretário de Planejamento Juliano Del Castillo, em recente reunião na Secretaria de Educação, o governo aceita conversar sobre mudanças no artigo 3° e 5° que trata da indexação, ou seja, sobre o índice a ser usado para correção do salário na data base e dos direitos conquistados pelos professores, além da implementação do piso salarial e corte na tabela de forma gradativa a partir de 2012. Já o SINSEPEAP quer que a lei 1540 seja revogada inteiramente e exige conversar diretamente com o Governador Camilo Capiberibe. Propostas de um um lado e de outro surgem e não se entra em consenso, percebemos que a partir deste momento o que está imperando é a intolerância e a falta de bom senso. Cortar ponto dos professores não é, e jamais será, a forma mais correta a ser tomada, ainda mais se tratando de educadores. De outro lado a radicalidade de algumas pessoas não permite que as conversas se adiantem. O que percebemos, e o que ouvimos nos bastidores, é que o movimento se disvirtuou, sendo que a lei 1540, se revogada, voltará para a Assembléia Legislativa, onde a antiga "harmonia" prepara o contra ataque. Outro fato, está ligado a tentativa de desgastar e desestabilizar o Governo do Estado que tem apenas 6 meses de gestão. Não podemos esquecer também, que o SINSEPEAP está as margens de uma eleição, que envolve a administração de 10% do salário de todos os sindicalizados, que não são poucos. Infelizmente, alguns radicais se esquecem do legado deixado pelos estudantes e militantes dos movimentos de esquerda, que lutaram para que chegássemos à democracia, e não respeitam o direito de quem quer estar de greve, assim como não respeitam o direito dos que não querem estar de greve e voltar ao trabalho. Democracia SIM, Intolerância NÃO e viva o diálogo!

Um comentário:

  1. Minha filha de apenas 14 anos está sem aula, inclusive chegou hoje (16/06/2011)a Portel e me informou sobre essa paralisaão que prejudica principalmente aos alunos que não têm nada a ver com os rumos que deram a esse estado tão lindo e que tenho tanta saudade dos bons momentos vividos aí e dos amigos que deixei ao retornar a minha cidade natal. Espero que o bom senso subsista e que todos saiam ganhando, pois até o momento vejo apena um lado perdendo, que é o lado dos alunos.

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